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Cirurgia Minimamente Invasiva em Pediatria

A cirurgia minimamente invasiva representa um dos avanços mais importantes da medicina moderna e vem transformando a forma como cuidamos de crianças que precisam de intervenção cirúrgica. Essa abordagem combina tecnologia de ponta com técnicas refinadas, permitindo tratar uma ampla variedade de doenças sem a necessidade de grandes cortes. Para os pais, isso significa oferecer ao filho um procedimento menos doloroso, com recuperação mais rápida e um retorno mais rápido para sua casa. Para a criança, menores riscos de complicações, menor impacto fisiológico no corpo em um momento tão delicado do crescimento e desenvolvimento e também um melhor resultado estético.

O que é a Cirurgia Minimamente Invasiva?

Diferente das cirurgias tradicionais que exigem cortes maiores - e portanto causam maior trauma - a cirurgia minimamente invasiva em crianças é realizada por pequenas incisões, geralmente entre 3 e 5 mm, pelas quais são introduzidos uma microcâmera e instrumentos delicados.


As imagens captadas são ampliadas e transmitidas para um monitor em alta definição, permitindo ao cirurgião visualizar as estruturas com maior precisão do que a olho nu.

Quais são os benefícios para o paciente e a família?

• Menor dor e desconforto no pós-operatório


• Alta hospitalar mais precoce


• Menor risco de infecção e complicações


• Menos cicatrizes, com melhor resultado estético


• Retorno mais rápido às atividades habituais da criança

Principais modalidades da cirurgia minimamente invasiva em Pediatria

1. Laparoscopia (cirurgia abdominal por vídeo)

É a técnica minimamente invasiva usada para acessar o abdome.

Utilizada para realizar o tratamento de:


• Hérnias inguinais e hérnias ventrais

• Testículo não descido (criptorquidia)

• Apendicite

• Cirurgia para estenose hipertrófica de piloro

• Doenças do baço / Retirada do baço

• Doenças da vesícula biliar / Retirada da vesícula biliar

• Cirurgia de refluxo gastroesofágico

• Gastrostomia

• Doenças do ovário

• Malformações do trato gastrointestinal (atresia de duodeno, atresias intestinais, cistos de duplicação intestinais, má-rotação intestinal, cistos divertículo de Meckel)

• Malformações do trato urinário

• Tumores abdominais


Na laparoscopia, o abdômen é suavemente insuflado com gás (CO₂), criando um espaço seguro para a manipulação dos órgãos internos. A câmera e os instrumentos são inseridos através de pequenas incisões no umbigo e em outros pontos determinados pelo tipo de cirurgia.

2. Toracoscopia (cirurgia torácica por vídeo)

É a técnica utilizada para acessar o tórax (pulmões, pleura, esôfago, diafragma).

Indicações frequentes, são o tratamento de:


• Atresia de esôfago

• Malformações pulmonares congênitas

• Hérnia diafragmática

• Cistos ou tumores mediastinais

• Biópsias pulmonares ou pleurais


Na toracoscopia, o pulmão é parcialmente colapsado com segurança para criar espaço, e os instrumentos são inseridos entre as costelas, sem necessidade de grandes cortes no tórax, reduzindo a dor e evitando sequelas musculares e ósseas.

3. Cirurgia Robótica (robótica pediátrica)

Uma evolução recente da cirurgia minimamente invasiva é a cirurgia robótica. A cirurgia robótica vem ganhando espaço também na pediatria.

Esta técnica se assemelha à cirurgia por vídeo, no entanto apresenta alguns benefícios ainda maiores, tanto para o cirurgião quanto para o paciente:


• Movimentos ainda mais precisos, com articulações que imitam o punho humano

• Visualização em 3D e com aumento de imagem

• Acesso a áreas anatômicas delicadas, com risco reduzido de lesão

• Ergonomia melhor durante a cirurgia


O cirurgião controla os braços robóticos a partir de uma estação, com total controle e sem toque direto no paciente.


A cirurgia robótica pode ser usada, por exemplo, tanto em casos mais simples quanto em casos complexos como pacientes que precisam de uma reoperação, ou casos de urologia, torácica ou oncologia pediátrica.


Por exigir treinamento avançado, a cirurgia robótica só pode ser realizada por cirurgiões que possuam certificação específica no uso da plataforma robótica.

E a cirurgia minimamente invasiva em recém-nascidos?

Em comparação com crianças maiores, a cirurgia em recém-nascidos representa um desafio ainda maior. Isso se deve ao tamanho extremamente reduzido e à maior fragilidade das estruturas anatômicas do bebê, somados a um espaço de trabalho cirúrgico muito mais limitado.


Ainda assim, com o avanço da tecnologia e dos instrumentos cirúrgicos, é possível operar bebês recém-nascidos com segurança e excelentes resultados.


Algumas das doenças que podem ser operadas por técnica minimamente invasiva são:


• Atresia de esôfago

• Atresia de duodeno

• Atresias ileojejunais

• Hérnias diafragmáticas congênitas

• Cirurgia para estenose hipertrófica de piloro

• Cistos e malformações pulmonares congênitas

• Outras anomalias neonatais


Técnicas como o uso da toxina botulínica e pneumoperitônio progressivo — também descritas e aplicadas pelo Dr. Marcelo Rombaldi em casos selecionados — ajudam a preparar o abdome de bebês com grandes hérnias ou malformações abdominais, permitindo uma correção mais segura e menos traumática.

Conclusão

A cirurgia minimamente invasiva, especialmente em crianças e recém-nascidos, é uma das áreas mais complexas da cirurgia pediátrica moderna. Exige não apenas habilidade técnica refinada, mas também profundo conhecimento da anatomia infantil, experiência prática em cenários delicados e o suporte de uma equipe multidisciplinar altamente treinada. Para que o procedimento seja realizado com segurança, é fundamental que o cirurgião esteja inserido em centros de excelência, com anestesistas experientes e infraestrutura completa.


Por isso, a escolha de um cirurgião com treinamento e formação específica em cirurgia minimamente invasiva pediátrica, experiência prática e atuação em centros especializados é essencial para garantir segurança e bons resultados.


O Dr. Marcelo C. Rombaldi construiu sua carreira dedicada a esse campo desafiador. Com dois mestrados, certificação em cirurgia robótica, publicações científicas internacionais e centenas de horas de treinamento especializado acumuladas em centros de referência, alia precisão técnica à experiência diária e à atualização constante, participando dos mais renomados congressos e cursos do mundo.


Se seu filho recebeu uma indicação cirúrgica, venha conversar com nossa equipe. Teremos prazer em avaliar o caso com calma e orientar quanto às melhores opções de tratamento.

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