Procedimentos

Cirurgia Pediátrica Geral

HIDROCELE


A hidrocele é uma condição relativamente comum na infância, que costuma gerar preocupação nos pais, mas na maioria das vezes é benigna. Ela acontece quando há acúmulo de líquido ao redor do testículo, causando aumento de volume no escroto.


Estima-se que até 10% dos meninos recém-nascidos apresentem hidrocele, especialmente os prematuros. Na maioria dos casos, ela é indolor e não traz riscos imediatos. Muitas vezes, o volume pode variar ao longo do dia — maior quando a criança está mais ativa e menor quando dorme.

Existem dois tipos principais de hidrocele:


• Hidrocele comunicante: acontece quando ainda existe uma pequena comunicação entre a cavidade abdominal e a bolsa testicular. Essa condição é fisiopatologicamente semelhante à hérnia inguinal, pois o mesmo canal que deveria ter fechado permanece aberto, permitindo a passagem de líquido. Por esse motivo, a hidrocele comunicante não se resolve sozinha e deve ser operada.


• Hidrocele não comunicante: o líquido está apenas ao redor do testículo, sem comunicação com o abdome. Nesse caso, pode-se esperar até 12 a 18 meses de idade, pois muitas vezes o líquido tende a ser reabsorvido espontaneamente. Se houver necessidade de cirurgia, a decisão sobre a melhor técnica — aberta ou minimamente invasiva — deve ser individualizada, de acordo com cada caso.

Sobre a cirurgia:


• A hidrocele comunicante tem a vantagem de ser tratada de forma muito semelhante à hérnia inguinal, ou seja, por via laparoscópica/minimamente invasiva, com pequenas incisões, recuperação rápida e cicatrizes discretas.


• Já a hidrocele não comunicante, quando há indicação de correção cirúrgica, exige uma avaliação cuidadosa para escolher a melhor forma de abordagem, sempre priorizando a segurança e o conforto da criança.


👉 Embora seja mais rara, é importante destacar que a hidrocele também pode acontecer em meninas. Nesses casos, recebe o nome de cisto de Nuck, quando há acúmulo de líquido ao longo do trajeto do ligamento redondo, próximo à região da virilha. A abordagem e os princípios de tratamento são semelhantes.

CRIPTORQUIDIA / DISTOPIA TESTICULAR


A criptorquidia é uma condição em que o testículo não se encontra na bolsa escrotal, permanecendo em algum ponto do trajeto que deveria ter feito desde a região abdominal até o escroto. É relativamente comum: ocorre em cerca de 3% dos meninos a termo e até 30% dos prematuros.


Na maioria dos recém-nascidos, o testículo pode descer espontaneamente nos primeiros meses de vida. Porém, se isso não acontece até os 6 meses de idade, a chance de descida espontânea é pequena e a correção cirúrgica (orquidopexia) passa a ser indicada.


Os principais motivos para tratar são:


• Preservar a fertilidade no futuro,

• Reduzir o risco de torção e traumatismos,

• Diminuir a chance de tumores testiculares,

• Corrigir o aspecto estético e funcional.


A cirurgia é segura, pode ser realizada de forma minimamente invasiva (laparoscópica) nos casos em que o testículo está dentro do abdome, e geralmente apresenta rápida recuperação.

FIMOSE


A fimose é a dificuldade ou impossibilidade de expor a glande (cabeça do pênis) devido a um estreitamento do prepúcio. É uma situação extremamente comum nos meninos, especialmente nos primeiros anos de vida.


É importante saber que, ao nascimento, praticamente 100% dos meninos têm prepúcio aderido à glande, o que é considerado normal. Com o crescimento, esse anel vai se tornando mais elástico e, até os 3 a 4 anos, a maioria dos casos se resolve espontaneamente.


O tratamento só é necessário quando:


• Há infecções urinárias ou do prepúcio (balanopostites) de repetição,

• Dificuldade para urinar,

• Dor, fissuras ou sangramentos,

• Persistência do estreitamento após a idade adequada.


Em alguns casos, o uso de pomadas com corticoide pode ajudar. Quando há indicação cirúrgica, o procedimento é simples, seguro e realizado em ambiente hospitalar. A cirurgia pode ser feita com técnicas modernas que preservam a estética e o conforto da criança.


O compromisso do Dr. Marcelo é diferenciar o que faz parte do desenvolvimento normal da infância do que realmente precisa de intervenção, para evitar tratamentos desnecessários e garantir tranquilidade às famílias.

OUTRAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS DA INFÂNCIA

Também realizo tratamento de diversas outras condições como:


• Cistos na face

• Cistos no pescoço como cisto tireoglosso e cistos branquiais

• Retirada de lesões de pele

• Drenagem de abscessos

• Tratamento de unha encravada

• Tratamento de freio de língua

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